Promover a prática de exercícios físicos e estimular a
coordenação e atividade motora dos alunos da rede estadual é o objeto do Agita
Galera. Também faz parte da proposta do programa promover o estilo de vida
ativa e levantar a discussão sobre a importância das atividades corporais e
motoras para a promoção da saúde nas escolas da Rede Estadual.
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Atualizado: 28/08/2013 06:45 | Por BBC, BBC Brasil
Entre 'simbolismo e realidade', Obama discursa no mesmo local de Luther King
Getty Images
Ao discursar no memorial ao presidente Lincoln, em Washington, nesta quarta-feira, o presidente dos EUA, Barack Obama, caminhará mais uma vez sobre a linha que separa o homem do símbolo no contexto da história americana.
Homenageando o aniversário do famoso discurso I Have a Dream, proferido por Martin Luther King Jr da escadaria do mesmo monumento 50 anos antes, Obama representará ele mesmo a evolução dos direitos civis dos negros americanos neste meio século.
O presidente falará a um país onde os negros ainda são desproporcionalmente afetados por males econômicos e sociais.
Cinquenta anos atrás, Martin Luther King Jr referiu-se às desigualdades raciais históricas como uma dívida da sociedade americana com os afro-americanos.
Disse, em seu famoso discurso, que os autores da Constituição e da Declaração da Independência americanas prometeram a todos os americanos - negros e brancos - a garantia de 'direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade'.
'Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu ao povo negro um cheque sem fundo', disse Luther King.
Dívida histórica
Meio século depois, é indiscutível que o primeiro presidente negro represente a conquista de espaços que meio século antes permaneciam inacessíveis para os negros americanos.
Mas quanto da dívida a que se referia Martin Luther King terá sido paga ao fim dos oito anos de governo Obama?
A pobreza continua mais acentuada entre os negros: engloba 26% da população afro-americana, contra 14% de brancos e 11,6% da população geral em 2011, segundo o Censo.
A pobreza também atinge 37,4% das crianças negras, comparado a uma taxa de 22% para a população geral.
Os negros são mais afetados pelo desemprego (12,6% em julho, contra 6,6% entre brancos e 7,4% entre a população geral) e compõem a maior parte da população carcerária (cerca de 40%, sendo que compreendem 14% da população).
Estatísticas semelhantes estão disponíveis para outros aspectos socioeconômicos.
Apesar disso, têm sido visto recentemente na sociedade americana o desmantelamento de algumas conquistas na esteira do movimento por direitos civis nos anos 1960.
Neste ano, o Supremo americano inverteu a lógica das ações afirmativas nas universidades, obrigando as instituições a comprovar que as suas medidas trazem benefícios - antes, cabia a quem disputasse as ações o ônus de argumentar contra elas.
A Corte também derrubou recentemente partes da lei aprovada em 1965 para coibir a discriminação nos procedimentos eleitorais.
A decisão facilita que nove Estados, a maioria no sul americano com histórico de racismo, aprovem mudanças no processo eleitoral que, antes, tinham de passar por escrutínio federal.
Tensões raciais
Os Estados Unidos de Barack Obama são também um país onde as tensões raciais ainda voltam à superfície - como após a absolvição de George Zimmerman, um patrulheiro voluntário branco que matou o adolescente negro Trayvor Martin, na Flórida, após segui-lo e confrontá-lo.
A absolvição de Zimmerman ocorreu dentro da lei - seus advogados construíram seus argumentos com base na tese de autodefesa.
Mas o profundo ressentimento da comunidade negra americana no caso - a indignação pela possibilidade de que Trayvor Martin tenha levantado desconfiança e sido abordado simplesmente pela cor da sua pele - permanece sem resposta.
Coincidência ou não, foi pouco depois da conclusão do júri que Obama anunciou a sua homenagem a Luther King Jr no exato local onde o ícone da luta afro-americana proferiu seu histórico discurso.
'É importante reconhecer que a comunidade afro-americana está vendo esse tema (a absolvição de Zimmerman) pelo prisma de uma série de experiências e uma história que... que não desaparecem', desabafou Obama a repórteres, em uma participação não anunciada na sala de briefings da Casa Branca.
'Poucos afro-americanos', ele frisou, nunca tiveram de passar por constrangimentos como serem seguidos pela segurança em uma loja de departamentos, notarem mulheres agarrando-se às bolsas na sua presença, ou perceberem que motoristas de carros estacionados travaram as portas quando eles passaram.
'Isto aconteceu comigo', solidarizou-se o presidente. 'Sabe, não quero exagerar, mas estas experiências influenciam a forma como a comunidade afro-americana interpreta o que aconteceu naquela noite na Flórida. E é inevitável que as pessoas tragam à tona suas próprias experiências.'
Do símbolo à realidade
É nestes momentos que Obama dá sinais de querer transitar da sua posição de símbolo para agente na evolução dos negros na sociedade americana. Sua homenagem a Martin Luther King Jr, nesta quarta, é outra oportunidade.
Mesmo com uma enxurrada de votos em 2008 e em 2012, o primeiro presidente negro dos EUA nunca teve o luxo de governar sem pisar em ovos na questão da discriminação racial. Seria jogar água no moinho de uma oposição radical que já lhe acusa de estrangeiro, comunista, antiamericano.
De fato, a identidade de Obama, filho de um queniano negro e uma branca americana, criado no Havaí e tendo passado boa parte da sua infância na Indonésia, é complexa.
Porém, como o próprio presidente lembrou, isso não o livrou de experiências discriminatórias como milhões de outros negros americanos.
Essas experiências contribuíram para a formação do senador que fez sua trajetória política trabalhando nos subúrbios pobres ao sul de Chicago, majoritariamente negros e castigados por pobreza, violência e ausência de perspectivas.
Quando o agora presidente falar ao país da escadaria do monumento a Lincoln, estará inevitavelmente medindo o simbolismo da sua chegada ao poder com os resultados concretos dessa trajetória.
Em última instância, será um exame de quanto se fizeram valer as palavras de Martin Luther King Jr meio século antes - as famosas palavras de seu 'sonho' de que seus filhos sejam julgados não 'pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter'.
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Leia o texto
e responda as questões (da lousa) no caderno.
Obs.: Favor enviar por e-mail da sala de aula a produção de texto.
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
JORGE AMADO
Jorge Amado de Faria
was a Brazilian writer of the Modernist school.
He was the best-known of modern
Brazilian writers, his extensive work having been translated into some 30
languages and popularized in film, notably Dona Flor and her Two Husbands, (in Portuguese,Dona Flor e Seus Dois Maridos) in
1978.
His work dealt largely with the poor urban black and mulatto communities
of Bahia.
(Wikipedia)
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Formação de palavras - Atividades
1. Leia o poema a seguir, de Ulisses Tavares, e responda às questões 1 e 2
Sobraram tão poucos
animais selvagens
que cabem todos
na tela da televisão.
(Viva a poesia viva, São Paulo: Saraiva, 1998)
1. O radical tele- é de origem grega. Pesquise o significado e cite 10 outras palavras começadas com tele- que você conhece.
2.Cite outras palavras que apresentam o mesmo radical de selvagem.
3, Forme palavras com o radical de cab-
4. Forme palavras a partir do radical das palavras abaixo:
animais-
sonhadora-
cavalaria-
aventura-
5. Dê o significado dos radicais abaixo e cite algumas palavras formadas por eles.
orto
aero
fagia
xeno
Obs: Adaptado para o blog da gramática texto,reflexão e uso de Cereja e Magalhães
O acendedor de lampiões
Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente,
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente!
Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que a noite aos poucos se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente.
Triste ironia atroz que o senso humano irrita: —
Ele que dói na noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita.
Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua!
(Jorge de Lima)
1. Podemos classificar o poema como um soneto? Justifique sua resposta.
2. Por que o autor fala " triste ironia"? Justifique sua respostas com elementos do texto.
3. Destaque os elementos mórficos da palavra infatigavelmente.
4. Destaque da segunda estrofe um sufixo nominal, indicando o seu significado.
5. Destaque da última estrofe um sufixo nominal indicativo de estado e outro indicativo de profissão.
6. Indique o radical das seguintes palavras:
desmatar
florescer
cajuzeiro
impiedoso
navegante
casebre
Obs: Adaptado da Gramática da Língua Portuguesa
Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente,
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente!
Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que a noite aos poucos se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente.
Triste ironia atroz que o senso humano irrita: —
Ele que dói na noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita.
Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua!
(Jorge de Lima)
1. Podemos classificar o poema como um soneto? Justifique sua resposta.
2. Por que o autor fala " triste ironia"? Justifique sua respostas com elementos do texto.
3. Destaque os elementos mórficos da palavra infatigavelmente.
4. Destaque da segunda estrofe um sufixo nominal, indicando o seu significado.
5. Destaque da última estrofe um sufixo nominal indicativo de estado e outro indicativo de profissão.
6. Indique o radical das seguintes palavras:
desmatar
florescer
cajuzeiro
impiedoso
navegante
casebre
Obs: Adaptado da Gramática da Língua Portuguesa
Olhai os lírios do campo - Texto (Érico Veríssimo)

“Se todos no mundo dessem o que lhes sobram, cada um teria o necessário”.
Texto: Olhai os lírios do campo
Estive pensando muito na fúria cega com que os homens se atiram à caça do dinheiro. É essa a causa principal dos dramas, das injustiças, da incompreensão da nossa época. Eles esquecem o que têm de mais humano e sacrificam o que a vida lhes oferece de melhor: as relações de criatura para criatura. De que serve construir arranha-céus se não há mais almas humanas para morar neles?
É indispensável trabalhar, pois um mundo de criaturas passivas seria também triste e sem beleza. Precisamos, entretanto, dar um sentido humano às nossas construções. E quando o amor ao dinheiro, ao sucesso, nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu.
Há na terra um grande trabalho a realizar. É tarefa para seres fortes, para corações corajosos. Não podemos cruzar os braços.
É indispensável trabalhar, pois no mundo de criaturas passivas seria também triste e sem beleza. Precisamos, no entanto, dar um sentido humano às nossas construções.
É tarefa para seres fortes, para corações corajosos. Não podemos cruzar os braços, enquanto os aproveitadores sem escrúpulos engendram os monopólios ambiciosos, as guerras e as intrigas cruéis.
É indispensável que conquistemos este mundo, não com as armas do ódio e da violência, e sim com as do amor e da persuasão.
Quando falo em conquistas, quero dizer a conquista duma situação decente para todas as criaturas humanas, a conquista da paz digna, através do espírito de cooperação.
(Érico Veríssimo, Olhai os Lírios do Campo)
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Érico Veríssimo (17
de dezembro, 1905 - 28 de novembro de 1975) é um importante escritor
brasileiro, que nasceu no Rio Grande do Sul. Seu pai, Sebastião Veríssimo da
Fonseca, herdeiro de uma família rica em Cruz Alta, Rio Grande do Sul,
reuniu-se a ruína financeira durante a juventude de seu filho. Veríssimo
trabalhava em uma farmácia antes de obter um emprego na Editora Globo, uma
editora de livros, onde ele traduziu e lançou obras de escritores como Aldous
Huxley. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele foi para os Estados Unidos. Este
período de sua vida foi gravado em alguns dos seus livros, incluindo: Gato
Preto los Campo de Neve ("Gato Preto em Campo de Neve"), A Volta do
Gato Preto ("The Return of the Black Cat") e História da Literatura
brasileira ("História da Literatura Brasileira"), que contém algumas
de suas palestras na UCLA. Sua épica O Tempo eo Vento ("The Time and the
Wind") tornou-se uma das grandes obras-primas do romance brasileiro, ao
lado de Os Sertões de Euclides da Cunha, e Grande Sertão: Veredas, de Guimarães
Rosa.
Quatro das obras de Veríssimo, Tempo e o Vento,
Noite, do México, e Sua Excelência, o Embaixador, foram traduzidos para o
idioma Inglês por Linton Lomas Barrett.
Ele era o pai de outro famoso escritor do Rio
Grande do Sul, Luis Fernando Veríssimo.
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II – Estudo do texto:
1- Os dramas, as injustiças e a incompreensão são males:
( ) de uma época passada.
( ) da época atual.
( ) de uma época futura.
2- Quando é que devemos fazer uma pausa para olhar os lírios do campo e as aves do céu?
.......................................................................................................................................
3- Por que é indispensável trabalhar?
.......................................................................................................................................
4- De quem é a tarefa de realizar um grande trabalho na terra?
.......................................................................................................................................
5- Explique com suas palavras, o sentido de:
a) Os homens se atiram à caça do dinheiro.
.......................................................................................................................................
b) Tudo nos cai do céu.
.......................................................................................................................................
c) Devemos conquistar o mundo não com as armas do ódio e da violência e sim com as do amor.
..........................................................................................................................................
d) De que serve construir arranha-céus se não há mais almas humanas para morar neles?
..........................................................................................................................................
6- O autor está valorizando mais o dinheiro ou as relações de criatura para criatura?
.......................................................................................................................................
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Exercícios (Figuras de Linguagem)
Obs.: Faça no caderno
1- Assinale a figura de linguagem presente em cada frase a seguir:
a) O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
( ) Metáfora ( ) Comparação ( ) Personificação ( ) Metonímia
b)Meu pensamento é um rio subterrâneo.
( ) Metonímia ( ) Comparação ( ) Personificação ( ) Metáfora
c) Não tinha teto em que se abrigasse.
( ) Comparação ( ) Metonímia ( ) Eufemismo ( ) Metáfora
d) Ele enriqueceu por meios ilícitos.
( ) Eufemismo ( ) Metonímia ( ) Metáfora ( ) Comparação
e) Estou morrendo de sede.
( ) Hipérbole ( ) Comparação ( ) Metáfora ( ) Pleonasmo
f) O Amor queima como o fogo.
( ) Metonímia ( ) Comparação ( ) Personificação ( ) Pleonasmo
g) Lemos Machado de Assis por interesse.
( ) Eufemismo ( ) Metonímia ( ) Metáfora ( ) Comparação
h) O Sol amanheceu triste e escondido.
( ) Comparação ( ) Eufemismo ( ) Hipérbole ( ) Personificação
i) Você faltou com a verdade.
( ) Eufemismo ( ) Comparação ( ) Metáfora ( ) Pleonasmo
2) Indique a relação de sentido presente em cada metáfora a seguir.
a) A vergonha queimava-lhe o rosto.
b) As suas palavras cortaram o silêncio.
c) O relógio pingava as horas, uma a uma, vagarosa mente.
d) Ela se levantou e fuzilou-me com o olhar.
3) Leia estes versos da música Timoeiro:
a) Que palavra o eu-lírico emprega para fazer referência ao conjunto de fatos interligados que
formam a vida de uma pessoa? Que figura de linguagem essa palavra constitui, nesse caso?
b) Nesses versos, ocorre uma comparação? Justifique.
4) Os versos a seguir fazem parte da música Lua de São Jorge:
a) Nos versos 3 e 4, o eu lírico cria, por meio das palavras, uma bela imagem do objeto descrito.
Explique o que ele quer dizer com esses dois versos, ou seja, o que essas imagens
representam?
b) De que figura de linguagem o eu-lírico se valeu para criar essa imagem?
5- Dê 5 exemplos de catacrese.
Obs.: Faça no caderno
1- Assinale a figura de linguagem presente em cada frase a seguir:
a) O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
( ) Metáfora ( ) Comparação ( ) Personificação ( ) Metonímia
b)Meu pensamento é um rio subterrâneo.
( ) Metonímia ( ) Comparação ( ) Personificação ( ) Metáfora
c) Não tinha teto em que se abrigasse.
( ) Comparação ( ) Metonímia ( ) Eufemismo ( ) Metáfora
d) Ele enriqueceu por meios ilícitos.
( ) Eufemismo ( ) Metonímia ( ) Metáfora ( ) Comparação
e) Estou morrendo de sede.
( ) Hipérbole ( ) Comparação ( ) Metáfora ( ) Pleonasmo
f) O Amor queima como o fogo.
( ) Metonímia ( ) Comparação ( ) Personificação ( ) Pleonasmo
g) Lemos Machado de Assis por interesse.
( ) Eufemismo ( ) Metonímia ( ) Metáfora ( ) Comparação
h) O Sol amanheceu triste e escondido.
( ) Comparação ( ) Eufemismo ( ) Hipérbole ( ) Personificação
i) Você faltou com a verdade.
( ) Eufemismo ( ) Comparação ( ) Metáfora ( ) Pleonasmo
2) Indique a relação de sentido presente em cada metáfora a seguir.
a) A vergonha queimava-lhe o rosto.
b) As suas palavras cortaram o silêncio.
c) O relógio pingava as horas, uma a uma, vagarosa mente.
d) Ela se levantou e fuzilou-me com o olhar.
3) Leia estes versos da música Timoeiro:
A rede do meu destino
Parece a de um pescador
Quando retorna vazia
Vem carregada de dor
Paulinho da Viola
a) Que palavra o eu-lírico emprega para fazer referência ao conjunto de fatos interligados que
formam a vida de uma pessoa? Que figura de linguagem essa palavra constitui, nesse caso?
b) Nesses versos, ocorre uma comparação? Justifique.
4) Os versos a seguir fazem parte da música Lua de São Jorge:
Lua de São Jorge
lua soberana
nobre porcelana
sobre a seda azul
lua de São Jorge
[...]
Serás minha guia
no Brasil de norte a sul
Caetano Veloso
Explique o que ele quer dizer com esses dois versos, ou seja, o que essas imagens
representam?
b) De que figura de linguagem o eu-lírico se valeu para criar essa imagem?
5- Dê 5 exemplos de catacrese.
Figuras de Linguagem
As mais comuns são: metáfora, comparação,
metonímia, antítese, personificação (ou prosopopeia), hipérbole, eufemismo,
ironia, pleonasmo, onomatopeia.
Metáfora
A metáfora é um tipo de comparação, mas sem os
termos comparativos (tal como,como, são como, tanto quanto, etc). Na metáfora, a
comparação entre dois elementos está implícita, trazendo uma relação de
semelhança entre eles. Exemplo:
Tempo é
dinheiro.
Percebemos neste
exemplo a relação implícita, onde o tempo é tão valoroso quanto o dinheiro, por
isso ele é colocado como semelhante à moeda.
Comparação
A comparação
consiste na aproximação entre dois objetos por meio de uma característica
semelhante entre eles, dando a um as características do outro. Difere da
metáfora porque possui, obrigatoriamente, termos comparativos. Em suma, é uma
comparação explícita. Exemplo: Tempo é como dinheiro.
Neste exemplo
vemos o principal definidor de uma comparação: a palavra como traz
explicitamente a ideia de que o tempo é valoroso como o dinheiro.
Metonímia
É a substituição
de uma palavra por outra sendo que, entre ambas, há uma proximidade de
sentidos, uma relação de implicação. Exemplos:
·
Não leu Machado
de Assis.
·
Não leu a obra de Machado de Assis.
Vemos no exemplo
que a obra de Machado de Assis foi substituída só pelo nome do autor. A
metonímia consiste nessa substituição de palavras, dando o mesmo sentido a uma
frase. A seguir, outro exemplo que reforça essa substituição:
·
A cozinha italiana é maravilhosa!
·
A comida italiana é ótima.
Antítese
A antítese
consiste no uso de palavras, expressões ou ideias que se opõem. Exemplo:
Soneto da Separação
De repente
do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
Vinícius de Moraes
Neste soneto
vemos claramente a antítese por trás da temática da separação amorosa: o que
antes era riso trouxe lágrimas com a separação; as bocas unidas pelo beijo no amor
se separam como a espuma que se espalha e se dissolve. A oposição de
sentimentos e atos forma claramente a antítese.
Personificação (ou prosopopeia)
A
personificação, também chamada prosopopeia, consiste na atribuição de
características humanas, como sentimentos, linguagem humana e ações do homem, a
coisas não humanas. Exemplo:
Congresso Internacional do
Medo
Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro.
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro.
Carlos Drummond de Andrade
Neste exemplo, o
medo, uma sensação, é transformado em pai e companheiro, algo que só é
atribuído a um ser humano.
Hipérbole
Esta figura de
linguagem consiste no emprego de palavras que expressam uma ideia de exagero de
forma intencional. Exemplo:
Ela chorou
rios de lágrimas.
Chorar rios
remete a um choro contínuo, exagerado e o termo rios vem para enfatizar a ideia
de que foi um choro intenso.
Eufemismo
O eufemismo
ocorre quando utilizamos palavras ou expressões que atenuam e substituem outras
que produzem um efeito desagradável e chocante. Exemplos:
·
Faltei com a verdade ao dizer que fui à igreja.
·
Menti ao dizer que fui à igreja.
A expressão e o
impacto negativo que a palavra menti traz é
""suavizado" ao dizer que "faltei com a
verdade".
Ironia
É a expressão de
ideias com significado oposto ao que se realmente pensa ou acredita. Exemplo:
Moça
linda, bem tratada,
Três séculos de família,
Burra como uma porta:
Um amor!
Três séculos de família,
Burra como uma porta:
Um amor!
Mário de Andrade
O trecho é o
exemplo claro de ironia: a moça é descrita como, bonita e bem tratada,
tradicional, conservadora (é de família) e burra. O destaque em "um
amor", apoiando-se na descrição da moça, mostra que ela, ao contrário de
ser esse "amor de pessoa", é, na verdade, alguém sem atrativos, sem
graça.
Pleonasmo
Repetição de uma
ideia por meio de outras palavras. É utilizado como forma de ênfase e, além de
ser figura de linguagem, é classificada como vício. A diferença entre a figura
de linguagem e o vício de linguagem é simples: para ser figura de linguagem, o
pleonasmo vem de forma intencional, para dar mais expressividade no texto,
enquanto no vício vem como uma repetição não intencional e desnecessária.
Exemplo:
Quando hoje acordei, ainda fazia escuro
(Embora a manhã já estivesse avançada).
Chovia.
Chovia uma triste chuva de resignação
Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite.
(Embora a manhã já estivesse avançada).
Chovia.
Chovia uma triste chuva de resignação
Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite.
Manuel Bandeira
A repetição
proposital de Manuel Bandeira ao dizer que "chovia uma chuva"
intensifica a ideia de que estava chovendo.
Onomatopeia
Temos
onomatopeia quando há o uso de palavras que reproduzem os sons de seres vivos e
objetos. É mais comum em história em quadrinhos.
Fontes:
http://rachacuca.com.br/educacao/portugues/figuras-de-linguagem http://10emtudo,com.br/portugues/figuras-de-linguagem http://brasilescola,com/portugues/figuras-linguagem.htm
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