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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Formação de palavras -      Atividades

1. Leia o poema a seguir, de Ulisses Tavares, e responda às questões 1 e 2

Sobraram tão poucos
animais selvagens
que cabem todos
na tela da televisão.

(Viva a poesia viva, São Paulo: Saraiva, 1998)

1. O radical tele- é de origem grega. Pesquise o significado e cite 10 outras palavras começadas com tele- que você conhece.

2.Cite outras palavras que apresentam o mesmo radical de selvagem.

3, Forme palavras com o radical de cab-

4. Forme palavras a partir do radical das palavras abaixo:
animais-
sonhadora-
cavalaria-
aventura-

5. Dê o significado dos radicais abaixo e cite algumas palavras formadas por eles.
orto
aero
fagia
xeno


Obs: Adaptado para o blog da gramática texto,reflexão e uso de Cereja e Magalhães
O acendedor de lampiões

Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente,
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente!

Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que a noite aos poucos se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente.

Triste ironia atroz que o senso humano irrita: —
Ele que dói na noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita.

Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua!


(Jorge de Lima)

1. Podemos classificar o poema como um soneto? Justifique sua resposta.

2. Por que o autor fala " triste ironia"? Justifique sua respostas com elementos do texto.

3. Destaque os elementos mórficos da palavra infatigavelmente.

4. Destaque da segunda estrofe um sufixo nominal, indicando o seu significado.

5. Destaque da última estrofe um sufixo nominal indicativo de estado e outro indicativo de profissão.

6. Indique o radical das seguintes palavras:
desmatar
florescer
cajuzeiro
impiedoso
navegante
casebre

Obs: Adaptado da Gramática da Língua Portuguesa

Olhai os lírios do campo - Texto    (Érico Veríssimo)


“Se todos no mundo dessem o que lhes sobram, cada um teria o necessário”.

Texto: Olhai os lírios do campo

      Estive pensando muito na fúria cega com que os homens se atiram à caça do dinheiro. É essa a causa principal dos dramas, das injustiças, da incompreensão da nossa época. Eles esquecem o que têm de mais humano e sacrificam o que a vida lhes oferece de melhor: as relações de criatura para criatura. De que serve construir arranha-céus se não há mais almas humanas para morar neles?
      É indispensável trabalhar, pois um mundo de criaturas passivas seria também triste e sem beleza. Precisamos, entretanto, dar um sentido humano às nossas construções. E quando o amor ao dinheiro, ao sucesso, nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu.
      Há na terra um grande trabalho a realizar. É tarefa para seres fortes, para corações corajosos. Não podemos cruzar os braços.
      É indispensável trabalhar, pois no mundo de criaturas passivas seria também triste e sem beleza. Precisamos, no entanto, dar um sentido humano às nossas construções.
É tarefa para seres fortes, para corações corajosos. Não podemos cruzar os braços, enquanto os aproveitadores sem escrúpulos engendram os monopólios ambiciosos, as guerras e as intrigas cruéis.
   É indispensável que conquistemos este mundo, não com as armas do ódio e da violência, e sim com as do amor e da persuasão.
    Quando falo em conquistas, quero dizer a conquista duma situação decente para todas as criaturas humanas, a conquista da paz digna, através do espírito de cooperação.
                      (Érico Veríssimo, Olhai os Lírios do Campo)
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Érico Veríssimo (17 de dezembro, 1905 - 28 de novembro de 1975) é um importante escritor brasileiro, que nasceu no Rio Grande do Sul. Seu pai, Sebastião Veríssimo da Fonseca, herdeiro de uma família rica em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, reuniu-se a ruína financeira durante a juventude de seu filho. Veríssimo trabalhava em uma farmácia antes de obter um emprego na Editora Globo, uma editora de livros, onde ele traduziu e lançou obras de escritores como Aldous Huxley. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele foi para os Estados Unidos. Este período de sua vida foi gravado em alguns dos seus livros, incluindo: Gato Preto los Campo de Neve ("Gato Preto em Campo de Neve"), A Volta do Gato Preto ("The Return of the Black Cat") e História da Literatura brasileira ("História da Literatura Brasileira"), que contém algumas de suas palestras na UCLA. Sua épica O Tempo eo Vento ("The Time and the Wind") tornou-se uma das grandes obras-primas do romance brasileiro, ao lado de Os Sertões de Euclides da Cunha, e Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa.
Quatro das obras de Veríssimo, Tempo e o Vento, Noite, do México, e Sua Excelência, o Embaixador, foram traduzidos para o idioma Inglês por Linton Lomas Barrett.

Ele era o pai de outro famoso escritor do Rio Grande do Sul, Luis Fernando Veríssimo.
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II – Estudo do texto:
1- Os dramas, as injustiças e a incompreensão são males:
( ) de uma época passada.
( ) da época atual.
( ) de uma época futura.
2- Quando é que devemos fazer uma pausa para olhar os lírios do campo e as aves do céu?
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3- Por que é indispensável trabalhar?
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4- De quem é a tarefa de realizar um grande trabalho na terra?
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5- Explique com suas palavras, o sentido de:
a) Os homens se atiram à caça do dinheiro.
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b) Tudo nos cai do céu.
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c) Devemos conquistar o mundo não com as armas do ódio e da violência e sim com as do amor.
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d) De que serve construir arranha-céus se não há mais almas humanas para morar neles?
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6- O autor está valorizando mais o dinheiro ou as relações de criatura para criatura?
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