Figuras de Linguagem
As mais comuns são: metáfora, comparação,
metonímia, antítese, personificação (ou prosopopeia), hipérbole, eufemismo,
ironia, pleonasmo, onomatopeia.
Metáfora
A metáfora é um tipo de comparação, mas sem os
termos comparativos (tal como,como, são como, tanto quanto, etc). Na metáfora, a
comparação entre dois elementos está implícita, trazendo uma relação de
semelhança entre eles. Exemplo:
Tempo é
dinheiro.
Percebemos neste
exemplo a relação implícita, onde o tempo é tão valoroso quanto o dinheiro, por
isso ele é colocado como semelhante à moeda.
Comparação
A comparação
consiste na aproximação entre dois objetos por meio de uma característica
semelhante entre eles, dando a um as características do outro. Difere da
metáfora porque possui, obrigatoriamente, termos comparativos. Em suma, é uma
comparação explícita. Exemplo: Tempo é como dinheiro.
Neste exemplo
vemos o principal definidor de uma comparação: a palavra como traz
explicitamente a ideia de que o tempo é valoroso como o dinheiro.
Metonímia
É a substituição
de uma palavra por outra sendo que, entre ambas, há uma proximidade de
sentidos, uma relação de implicação. Exemplos:
·
Não leu Machado
de Assis.
·
Não leu a obra de Machado de Assis.
Vemos no exemplo
que a obra de Machado de Assis foi substituída só pelo nome do autor. A
metonímia consiste nessa substituição de palavras, dando o mesmo sentido a uma
frase. A seguir, outro exemplo que reforça essa substituição:
·
A cozinha italiana é maravilhosa!
·
A comida italiana é ótima.
Antítese
A antítese
consiste no uso de palavras, expressões ou ideias que se opõem. Exemplo:
Soneto da Separação
De repente
do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
Vinícius de Moraes
Neste soneto
vemos claramente a antítese por trás da temática da separação amorosa: o que
antes era riso trouxe lágrimas com a separação; as bocas unidas pelo beijo no amor
se separam como a espuma que se espalha e se dissolve. A oposição de
sentimentos e atos forma claramente a antítese.
Personificação (ou prosopopeia)
A
personificação, também chamada prosopopeia, consiste na atribuição de
características humanas, como sentimentos, linguagem humana e ações do homem, a
coisas não humanas. Exemplo:
Congresso Internacional do
Medo
Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro.
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro.
Carlos Drummond de Andrade
Neste exemplo, o
medo, uma sensação, é transformado em pai e companheiro, algo que só é
atribuído a um ser humano.
Hipérbole
Esta figura de
linguagem consiste no emprego de palavras que expressam uma ideia de exagero de
forma intencional. Exemplo:
Ela chorou
rios de lágrimas.
Chorar rios
remete a um choro contínuo, exagerado e o termo rios vem para enfatizar a ideia
de que foi um choro intenso.
Eufemismo
O eufemismo
ocorre quando utilizamos palavras ou expressões que atenuam e substituem outras
que produzem um efeito desagradável e chocante. Exemplos:
·
Faltei com a verdade ao dizer que fui à igreja.
·
Menti ao dizer que fui à igreja.
A expressão e o
impacto negativo que a palavra menti traz é
""suavizado" ao dizer que "faltei com a
verdade".
Ironia
É a expressão de
ideias com significado oposto ao que se realmente pensa ou acredita. Exemplo:
Moça
linda, bem tratada,
Três séculos de família,
Burra como uma porta:
Um amor!
Três séculos de família,
Burra como uma porta:
Um amor!
Mário de Andrade
O trecho é o
exemplo claro de ironia: a moça é descrita como, bonita e bem tratada,
tradicional, conservadora (é de família) e burra. O destaque em "um
amor", apoiando-se na descrição da moça, mostra que ela, ao contrário de
ser esse "amor de pessoa", é, na verdade, alguém sem atrativos, sem
graça.
Pleonasmo
Repetição de uma
ideia por meio de outras palavras. É utilizado como forma de ênfase e, além de
ser figura de linguagem, é classificada como vício. A diferença entre a figura
de linguagem e o vício de linguagem é simples: para ser figura de linguagem, o
pleonasmo vem de forma intencional, para dar mais expressividade no texto,
enquanto no vício vem como uma repetição não intencional e desnecessária.
Exemplo:
Quando hoje acordei, ainda fazia escuro
(Embora a manhã já estivesse avançada).
Chovia.
Chovia uma triste chuva de resignação
Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite.
(Embora a manhã já estivesse avançada).
Chovia.
Chovia uma triste chuva de resignação
Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite.
Manuel Bandeira
A repetição
proposital de Manuel Bandeira ao dizer que "chovia uma chuva"
intensifica a ideia de que estava chovendo.
Onomatopeia
Temos
onomatopeia quando há o uso de palavras que reproduzem os sons de seres vivos e
objetos. É mais comum em história em quadrinhos.
Fontes:
http://rachacuca.com.br/educacao/portugues/figuras-de-linguagem http://10emtudo,com.br/portugues/figuras-de-linguagem http://brasilescola,com/portugues/figuras-linguagem.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela participação! Leia outros posts!