INDICO A VOCÊ ...

Visitantes

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Boi de plumas

Boi de plumas

Já há 500 fazendeiros criando avestruz no país
Neide Oliveira 
Nélio Rodrigues
Ave em ponto de abate: 110 quilos
O avestruz está em alta. A Fazenda Chalé da Serra, no município de Simão Dias, interior de Sergipe, sempre teve como carro-chefe a criação de gado. Mas, nos últimos cinco anos, bois e vacas começaram a dividir espaço com exóticos exemplares de um novo investimento: a estrutiocultura (é assim que se chama a criação de avestruzes). Já são 800 animais, cujo preço varia de 1.500 reais, o filhote, a 8.000 reais, o adulto – dezesseis vezes mais que o preço de uma vaca. Na chiquérrima loja Daslu, em São Paulo, é possível encontrar sapatos, jaquetas e acessórios feitos de couro de avestruz, das grifes Gucci, Prada e Armani, a preços que podem chegar a 1.500 dólares por um par de sapatos. Em Alphaville, o reduto de classe média alta localizado a 20 quilômetros da capital paulista, o restaurante Azure Bar serve o prato avestruz à moda, por 30 reais. E o Brasil, graças às fantasias de Carnaval, é o maior importador de plumas de avestruz do mundo.
Se tudo correr como planejam os 500 criadores que hoje engordam 25 000 avestruzes espalhados por fazendas em todo o país, em breve os itens derivados da ave serão bem mais acessíveis. Compridos e desengonçados, os animais são um negócio de altíssimo rendimento. Uma fêmea começa a produzir aos 3 anos, e é tratada apenas com capim e ração à base de soja e milho. Até vinte avestruzes podem ser criados no espaço de 1 hectare, área ocupada por um único boi na pecuária extensiva. Além disso, cada fêmea gera em média quinze filhotes por ano, número idêntico ao de toda a vida produtiva de uma vaca – e o período de fertilidade de um avestruz é superior a trinta anos. Nascido de um ovo que pesa aproximadamente 1,5 quilo, o avestruz atinge o peso de abate, em torno de 110 quilos, no prazo de doze meses. "Achamos um negócio muito mais rentável do que a criação de gado", celebra Ariovaldo de Carvalho, o diretor comercial da Chalé da Serra, que hoje dirige 90% de seus novos investimentos para a ampliação do plantel. 

Fotos Marcelo Guarnieri/Claudio Pinheiro/Rogério Montenegro 
Ovo de avestruz comparado ao de galinha e ao de codorna: dinheiro na mesma proporção

Por enquanto, os animais nascidos aqui têm sido usados para aumentar o rebanho. Quando a marca de 120.000 cabeças for atingida – dentro de cinco anos –, começará a produção em larga escala de carne e derivados. Os cortes de avestruz ainda são importados e encontrados em poucos açougues, a 90 reais o quilo. A carne é vermelha e tem sabor parecido com o da bovina, mas carrega menos gordura e mais Ômega 3, um ácido graxo que contribui para controlar o colesterol. "É a carne do futuro", entusiasma-se o chef de cozinha Aldemir Rodrigues, autor do livro Avestruz Gourmet, que será lançado no final deste ano.


Saiba mais
Da internet
www.acab.org.br (site da Associa��o Brasileira dos Criadores de Avestruz)
www.aravestruz.com.br
www.reinodoavestruz.com.br
www.estanciadoavestruz.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pela participação! Leia outros posts!